O que é enfaixamento do coto?
O que é enfaixamento do coto?
Muitas dúvidas surgem após a amputação, principalmente em relação aos cuidados com o coto. Um dos assuntos mais falados e que o paciente costuma ouvir bastante na reabilitação pós amputação, é o enfaixamento do coto.
Mas afinal, o que é o enfaixamento do coto? É uma técnica em que uma faixa elástica é utilizada em volta do coto, com objetivo de reduzir e evitar inchaço, promover melhora da circulação sanguínea, do metabolismo e a dessensibilização.
Além disso, também é importante para modelar e preparar o coto para a protetização.
Existem várias técnicas que podem ser utilizadas, dentre as mais conhecidas, estão o enfaixamento em 8 ou em X e a técnica russa, diferindo apenas no jeito em que é feito, sendo ambas benéficas de forma igual.
É importante que a maior compressão seja feita na ponta do coto, sendo gradativamente diminuída conforme a faixa sobe, abrangendo todo o coto. Em caso de sensação de formigamento, deve-se retirar a faixa e refazer diminuindo a pressão, pois uma pressão muito forte pode prejudicar a circulação.
E quando o enfaixamento deve ser iniciado? O enfaixamento pode ser realizado logo após a retirada dos pontos, com o coto completamente cicatrizado, sem inflamações ou secreções na cicatriz. O primeiro enfaixamento deve ser feito com orientação de um profissional de saúde, seja do fisioterapeuta ou médico, para que seja feito da forma correta e reproduzido pelo paciente com segurança.

O material da faixa elástica deve ser de algodão, poliéster ou látex, não impedindo a “respiração” do coto. O tempo de permanência com o membro enfaixado deve ser curto e ir aumentando conforme adaptação, até que se consiga passar o dia com a faixa, trocando de 2 a 3 vezes por dia.
Entre um enfaixamento e outro, pode-se esperar em torno de 10 minutos, higienizar o coto em caso de suor, e massagear para estimular maior conforto.
Conhece alguém que gostaria de saber um pouco mais do assunto? Então, compartilhe! E caso tenha alguma dúvida, entre em contato com a nossa equipe.
Este artigo foi escrito pela fisioterapeuta Samara Mota.