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Hemipelvectomia: Uma Visão Abrangente

11 de junho de 2024

Hemipelvectomia: Uma Visão Abrangente

A hemipelvectomia é um procedimento cirúrgico raro e complexo que envolve a remoção parcial ou total de um dos lados da pelve. Essa cirurgia pode ser necessária em casos de tumores ósseos malignos, traumas severos ou infecções que não respondem a outros tratamentos. Neste artigo, exploraremos o que é a hemipelvectomia, as indicações para a cirurgia, os tipos de procedimentos, o processo de recuperação e o impacto na vida dos pacientes.


O Que é Hemipelvectomia?

A hemipelvectomia é a remoção cirúrgica de parte ou de toda a pelve de um lado do corpo. A pelve é uma estrutura óssea complexa que suporta a coluna vertebral e conecta as pernas ao tronco, além de proteger órgãos vitais como a bexiga e o reto. A cirurgia pode ser classificada em dois tipos principais:


  1. Hemipelvectomia Interna: Apenas parte da pelve é removida, preservando o membro inferior. Isso geralmente envolve a remoção do osso afetado pelo tumor, deixando o tecido saudável intacto.
  2. Hemipelvectomia Externa: Envolve a remoção completa de um lado da pelve e do membro inferior correspondente. Esta é uma cirurgia muito mais radical e é realizada quando a doença está muito disseminada para ser controlada de outra maneira.


Indicações para a Hemipelvectomia

A hemipelvectomia é indicada principalmente em casos de:

  • Tumores Ósseos Malignos: Tipicamente sarcomas como osteossarcoma, condrossarcoma ou sarcoma de Ewing, que não podem ser tratados eficazmente com outros métodos.
  • Metástases Ósseas: Quando o câncer de outras partes do corpo se espalha para os ossos da pelve.
  • Traumas Severos: Lesões graves que causam destruição significativa da pelve e não podem ser reconstruídas de maneira satisfatória.
  • - Infecções Incuráveis: Infecções ósseas graves que não respondem a antibióticos ou outras intervenções cirúrgicas.


O Procedimento Cirúrgico

A hemipelvectomia é uma cirurgia altamente complexa que requer uma equipe multidisciplinar de cirurgiões ortopédicos, oncologistas, e outros especialistas. O procedimento envolve várias etapas:


  1. Preparação e Planejamento: Antes da cirurgia, são realizados exames de imagem detalhados, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, para mapear a extensão da doença e planejar a cirurgia.
  2. Anestesia: A cirurgia é realizada sob anestesia geral.
  3. Ressecção do Osso: O cirurgião remove a parte afetada da pelve, tomando cuidado para preservar o máximo possível dos tecidos saudáveis e dos órgãos vitais.
  4. Reconstrução: Em casos de hemipelvectomia interna, técnicas de reconstrução podem ser utilizadas para preservar a função e a estabilidade da pelve. Isso pode envolver enxertos ósseos ou próteses.
  5. Fechamento da Incisão: Após a remoção e a reconstrução, as incisões são fechadas e drenos podem ser colocados para evitar o acúmulo de fluidos.


Recuperação e Reabilitação

A recuperação após uma hemipelvectomia pode ser longa e desafiadora, variando de acordo com a extensão da cirurgia e a saúde geral do paciente. Alguns pontos importantes incluem:


  • Cuidados Pós-operatórios: Monitoramento em unidade de terapia intensiva (UTI) pode ser necessário inicialmente. Analgésicos, antibióticos e anticoagulantes são frequentemente administrados.
  • Fisioterapia: Essencial para recuperar a mobilidade e a força. A fisioterapia pode começar no hospital e continuar por vários meses após a alta.
  • Próteses e Dispositivos de Assistência: Em casos de hemipelvectomia externa, o uso de próteses e dispositivos de assistência para caminhar será necessário.
  • Suporte Psicológico: O impacto emocional e psicológico de uma hemipelvectomia pode ser significativo. Apoio psicológico e terapia ocupacional são importantes para ajudar os pacientes a se adaptarem às mudanças em suas vidas.


Impacto na Qualidade de Vida

A hemipelvectomia, especialmente a externa, pode ter um impacto profundo na qualidade de vida do paciente. A perda de um membro e as alterações na função da pelve podem afetar a mobilidade, a independência e a autoestima. No entanto, muitos pacientes conseguem adaptar-se e levar uma vida plena e ativa com o apoio adequado. A reabilitação e o apoio contínuo são cruciais para maximizar a recuperação e a qualidade de vida após a cirurgia.


Conclusão

A hemipelvectomia é um procedimento cirúrgico complexo, mas às vezes necessário para tratar condições graves que afetam a pelve. Embora a cirurgia e a recuperação sejam desafiadoras, os avanços na técnica cirúrgica e na reabilitação têm melhorado os resultados para muitos pacientes. Com uma abordagem multidisciplinar e um suporte abrangente, é possível enfrentar os desafios dessa cirurgia e alcançar uma boa qualidade de vida.


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